O Município de Oliveira do Hospital promoveu, com a parceria do NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra e do ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, uma sessão de esclarecimento sobre "Portugal 2020 – Oportunidades de Financiamento em Eficiência Energética".

A iniciativa foi amplamente participada por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), empresas do setor Comércio e Serviços, entre outras entidades e municípios da região.

Constituiu uma oportunidade para capacitar e dar instrumentos de apoio às várias entidades destinatárias da sessão, aproximando-as das especificidades dos atuais incentivos do Quadro Comunitário de Apoio/Portugal 2020 e respetivas prioridades de investimento.

Dessa forma, a manhã foi preenchida com um painel sobre a temática da eficiência energética e um outro sobre oportunidades de financiamento para as empresas no âmbito dos setores do Comércio e Serviços, da Agro-Pecuária, e das PME.

Como frisou o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, há a necessidade de "adaptar as vossas empresas e instituições em termos de eficiência energética porque descer a fatura da energia vos trará uma maior sustentabilidade". No caso do Município salientou os esforços que têm sido concretizados para diminuir a fatura energética, como é exemplo a instalação de iluminação LED.

O autarca incentivou os presentes a aproveitarem o financiamento disponível, notando que também a CIM através do Pacto Estratégico da Região de Coimbra terá um conjunto de verbas para estas candidaturas, e defendeu a criação de uma estrutura, através da CIM, que faça o apoio aos empresários e instituições para o acesso ao quadro comunitário que é "fundamental e não podemos perder esta oportunidade".

Frisando que era objetivo da sessão, veicular informação útil aos beneficiários do quadro comunitário de apoio, José Francisco Rolo, presidente da ADI, notou que "Oliveira do Hospital tem um potencial reforçado pelo facto da cidade ser beneficiária de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano que ajudará no acesso a algumas medidas que se prevê que sejam disponibilizadas no âmbito do Portugal 2020 e do Centro 2020".

No que respeita à temática da Eficiência Energética, considerada de extrema importância, nomeadamente para as IPSS foram divulgados os possíveis financiamentos a projetos nas áreas da Eficiência Energética, Energias Renováveis e Auditorias Energéticas, com a finalidade de sensibilizar estas instituições para a elaboração de diagnósticos prévios que facilitarão o processo de candidatura, logo que sejam abertos os respetivos concursos.

Como assinalou António Dias, do ISQ, o Portugal 2020 assenta em quatro pilares – Inclusão Social e Emprego; Capital Humano; Competitividade e Internacionalização; e Sustentabilidade – sendo neste último que se inserem as medidas de apoio vocacionadas para a Eficiência Energética.

Concretamente, as entidades poderão beneficiar de apoios através do PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, agregador de 2.2 mil milhões de euros de financiamento comunitário, e que atua em três eixos, a saber: apoio na transição para uma economia com baixas emissões de carbono; adaptação às alterações climáticas e a gestão e prevenção de riscos; proteção do ambiente e promoção da eficiência na utilização dos recursos.

Este orador assinalou ainda que, dentro do Eixo I, a Prioridade "Promoção da eficiência energética e da utilização das energias renováveis nas empresas" tem como destinatários IPSS, empresas, e outras organizações, e é uma das linhas de financiamento que está para abrir brevemente.

Nuno Malta, do NERC, esclareceu sobre as candidaturas que está a preparar, com término a 12 de fevereiro, para apoiar a formação nas PME no âmbito dos projetos conjuntos para Formação-Ação.

As empresas só podem candidatar-se a este programa através de associações empresariais, que tem como objetivo intensificar a formação dos empresários e gestores para a reorganização e melhoria das capacidades de gestão, assim como dos trabalhadores das empresas.

A Formação-Ação é uma intervenção com aprendizagem em contexto organizacional e direciona-se para três tipos de destinatários: Comércio e Serviços nas áreas do Desempenho Organizacional e Recursos Humanos, Qualidade e Internacionalização; Agropecuária em áreas como a Gestão Agrícola, eficiência energética, marca – marketing; agricultura biológica entre outras. E por fim, as PME nas áreas: atuação em mercados externos; estratégias de marketing e vendas; gestão financeira e de recursos; gestão em fase de arranque; gerir negócios em ambiente digital, entre outros.