DESIGNAÇÃO
Pelourinho de Penava de Alva
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Pelourinho
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Penalva de Alva
LOCAL
Em frente da antiga Casa da Câmara (atual sede da Junta de Freguesia), Penalva de Alva
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Penalva de Alva, antigamente Penalva de São Gião, foi villa e concelho muito antigo, com categoria municipal certamente anterior ao único foral conhecido, dado por D. Manuel em 1516. É atualmente freguesia de Oliveira do Hospital, mas conserva um importante testemunho da sua anterior autonomia, na forma do pelourinho. Este levanta-se diante dos antigos Paços do Concelho, e data seguramente dos anos subsequentes à atribuição do foral manuelino, de acordo com a sua tipologia.
O pelourinho possui plataforma de quatro degraus quadrangulares, de aresta, o superior com o topo ligeiramente abaulado, funcionando como base da coluna. Esta tem secção inicialmente quadrada, formando ressalto cúbico na base, de ângulos lavrados; segue com secção octogonal, conseguida mediante chanframento dos ângulos. O fuste estreita no topo, fazendo a transição para o capitel, constituído por astrágalo, cesto tronco-cónico bojudo, e ábaco oitavado. O remate consta de um pináculo alto, espiralado à esquerda, sobrepujado de grimpa constituída por espigão em ferro com bandeirola vazada por uma cruz (de Malta?) estilizada.
Uma nota da Câmara Municipal (MALAFAIA, E. B. de Ataíde, 1997) indica que este pelourinho veio substituir outro, em madeira, situação perfeitamente habitual, e que justifica a existência de tão poucas picotas anteriores ao século XVI: muitas destas eram construídas em madeira, e mais tarde substituídas por exemplares em pedra, muito mais onerosos.
DESIGNAÇÃO
Pelourinho de Seixo da Beira
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Pelourinho
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Seixo da Beira
LOCAL
Largo em Seixo da Beira (antiga Seixo do Ervedal), Seixo da Beira
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
O único foral atribuído a Seixo da Beira é, ao que se sabe, o documento manuelino de 1514, que terá elevado a localidade a sede de conselho. Porém, há quem acredite ter existido um foral anterior. Certo é que a povoação se denominava então de Seixo do Ervedal, topónimo que se manteve até 1928. O concelho foi extinto em 1836, e integrado no vizinho concelho de Ervedal, tendo em 1855 passado para o de Oliveira do Hospital, do qual é hoje freguesia. Conserva um pelourinho, talvez ainda de construção quinhentista, ou mesmo seiscentista, seguramente muito posterior ao foral de D. Manuel.
O pelourinho ergue-se actualmente sobre plataforma de três degraus quadrangulares, de aresta, de factura moderna. É composto por coluna, capitel e remate, sem base, visto que o fuste assenta directamente no degrau superior da plataforma. A coluna é bastante alta (cerca de quatro metros), e de secção quadrada, tornada octogonal pelo acentuado chanframento das arestas. O remate consta de um bloco prismático alto, com faces decoradas por heráldica quase ilegível. Numa das faces pode-se distinguir um escudo das quinas, sendo por vezes referida a existência de um pelicano. O conjunto é encimado por urna bojuda.
Os degraus não corresponderão ao soco original, de acordo com o exame de imagens antigas (E. B. de Ataíde MALAFAIA, 1997). Entre estas mencionamos a aguarela de Perfeito de Magalhães, realizada na década de trinta do século XX, onde se pode ver o fuste assentando directamente no terreno, entre duas lajes toscas. A mesma representação mostra que na época não existia o remate em urna.
Sílvia Leite
DESIGNAÇÃO
Ponte Medieval de Alvoco das Várzeas
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Ponte
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Alvoco das Várzeas
LOCAL
Sobre a ribeira de Vida, Alvoco das Várzeas
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Esta ponte monumental situa-se nas imediações da EN230, sobre o rio Alvoco, afluente do rio Alva, junto a uma praia fluvial.
Tem um desenho invulgar, proporcionado pela necessidade de vencer margens com cotas desiguais, o que lhe confere leveza e elegância à estrutura, construída com um grande cuidado.
Ponte de pedra siglada, possui dois arcos desiguais sendo o seu tabuleiro rampante de um dos lados. A rampa, situada na margem direita e sobre o primeiro e mais baixo arco, é bastante acentuada, fazendo ângulo sobre o segundo e mais elevado arco que se une à margem com maior cota, dando a impressão de fazer cavalete apesar de nessa margem não ter qualquer inclinação.
Os dois arcos são em cantaria aparelhada e com aduelas regulares (de 25cm a 30cm) sendo o mais pequeno de volta perfeita com 8m de diâmetro e o maior com cerca de 25m de abertura, sendo apontado, em ogiva.
O tabuleiro tem 70m de comprimento por cerca de 4,40m de largura e encontra-se delimitado por guardas de cantaria com cerca de 20cm de espessura. A estrutura é reforçada em ambos os lados por talhamares prismáticos bem integrados na estrutura. (JAM)
DESIGNAÇÃO
Ponte Romana de Bobadela
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Ponte
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Bobadela
LOCAL
Bobadela
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Localizada numa zona rural, junto ao cemitério de Bobadela e sobre o rio de Cavalos, a Ponte de Bobadela (como é vulgarmente conhecida) é uma construção do séc. I d. C.
A ponte é composta de vão único e arco de volta perfeita, com grandes e bem talhados silhares, embora não almofadados. O facto de o tabuleiro original encontrar-se totalmente coberto por um outro mais largo poderá indiciar a ausência de uma real função de monumentalidade à época da sua edificação.
Esta estrutura encontra-se incluída no antigo conjunto urbano romano de Bobadela, do qual são ainda visíveis importantes vestígios, como o arco junto da igreja - verdadeiro ex-libris desta localidade -, assim como as ruínas do primitivo circo, cuja estrutura de base ainda se encontra bastante bem conservada.
[AMartins]
DESIGNAÇÃO
Pousada de Santa Bárbara
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Pousada
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Lagos da Beira e Lajeosa
LOCAL
Póvoa das Quartas
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Portaria n.º 740-AG/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012
Edital de 24-05-2005 da CM de Oliveira do Hospital
Despacho de homologação de 3-02-2005 da Ministra da Cultura
Despacho de concordância de 27-01-2005 do presidente do IPPAR
Parecer favorável de 25-11-2004 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 18-02-2004 da DR de Coimbra para a classificação como IIP
Edital de 13-05-2003 da CM de Oliveira do Hospital
Despacho de abertura de 1-10-2022 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 26-09-2002 da DR de Coimbra para
a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de classificação de 12-08-2002 de particular
ZEP
Devolvida em 3-04-2013 à DRC do Centro para reanálise
Despacho de 17-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. para publicar a classificação e só depois retomar a ZEP
Proposta de 28-09-2011 da DRC do Centro
Despacho de homologação de 3-02-2005 da Ministra da Cultura
Despacho de concordância de 27-01-2005 do presidente do IPPAR
Parecer de 25-11-2004 do Conselho Consultivo do IPPAR a recomendar a delimitação de uma ZEP
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Integrada no plano das novas pousadas, dirigido pelo Ministério das Obras Públicas e com a colaboração da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, a Pousada de Santa Bárbara tem encomenda de 1955 e projeto arquitetónico datado de 1958, contudo a obra só é concluída em 1971.
Implantado num terreno em declive, o edifício joga com a excelente posição panorâmica e orientação solar, apresentando-se todas as dependências principais (salas e quartos de hóspedes) voltadas a sul. Da implantação no declive da encosta resulta uma planta de três pisos, sendo o primeiro piso destinado aos serviços, o segundo (e principal) destinado a salas de jantar, estar, e de música. Contíguos à última sala foram previstos dois quartos com versatilidade maior ao ponto de poderem constituir alojamento independente.
A zona de vestíbulo e receção situam-se em cota mais elevada e alargam-se para uma sala de estar ampla que abre para a encosta sobre a forma de terraço. Ainda nesta cota elevada surge o acesso ao terceiro piso reservado aos catorze quartos (nove deles com varanda panorâmica independente).
Manuel Tainha projeta o edifício da pousada de Santa Bárbara como elemento de valorização paisagística, de diálogo entre homem e natureza, mas não apenas numa vertente lúdica ou apaziguadora. A forma como o edifício se molda e encaixa na topografia, a preocupação com o emprego de materiais da região, são elementos que concorrem para a valorização de um edifício que encerra o programa do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa (1955), ou seja, a redescoberta do ofício de arquiteto: valor da tradição, apreço pelos materiais e técnicas de construção moderna em harmonia com o imaginário local.
Sandra Vaz Costa
Setembro 2005