sábado, 01 março 2014 14:00

Exposição recorda 500 anos de história do Foral de Oliveira do Hospital

No âmbito das comemorações dos 500 anos da atribuição do foral manuelino a Oliveira do Hospital está patente na Biblioteca Municipal a exposição “O Foral de Oliveira do Hospital – 500 anos de História”.

 

 

Esta mostra resulta de uma parceria desenvolvida entre a Área Disciplinar de História do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH), o Pelouro da Cultura e Educação da Câmara Municipal e a Biblioteca Municipal.

 

 

A inauguração decorreu esta quinta-feira, 27 de fevereiro, no exato dia em que D. Manuel I outorgou a carta de foral a Oliveira do Hospital, como fez referência a vereadora da Cultura, Graça Silva que sublinhou o facto daquele momento estar a ser assistido por “um conjunto de gerações”, uma vez que estavam presentes alunos dos vários ciclos de ensino e idosos utentes de um lar.

 

 

“É uma oportunidade, de forma interessante, de ter aqui um marco vincado com estas diferentes gerações”, afirmou Graça Silva que realçou também “a exposição peculiar que aqui temos, com peças que dificilmente podem ser apreciadas noutras ocasiões”. Nesta exposição também é possível apreciar o foral de Oliveira do Hospital e a sua transcrição por Fernão de Pina.

 

 

“Não são todos os dias que temos a oportunidade de comemorar 500 anos de um documento importante que foi marcante quer na Idade Média quer na época moderna”, referiu Célia Lourenço em representação da Área Disciplinar de História, que agradeceu a “colaboração inexcedível” de todos os que se disponibilizaram a colaborar. Nomeadamente a comunidade, “lançámos o repto aos oliveirenses, aos que vão guardando memórias de um passado já longínquo”, explicou a docente que dirigiu um particular agradecimento a Francisco Antunes e às famílias Ruas e Santos “que cederam alguns objetos que estão expostos” .

 

 

Albano Dinis, presidente da CAP do AEOH felicitou os envolvidos na comemoração “desta importante data para a nossa cidade”, referindo que “o Agrupamento está muito feliz por ser parceiro nesta iniciativa”. “É para esta escola que trabalhamos, uma escola que aceita desafios e se empenha e contribui”, concluiu.

 

 

Em representação da Assembleia Municipal, António Rodrigues Gonçalves que é também autor do livro sobre o foral manuelino de Oliveira do Hospital entende que se deve assinalar esta data porque “é uma das maneiras de recuarmos aos valores tradicionais e que valem a pena renovar-se” referindo-se ao facto de “vivermos uma época do cientismo que tende a considerar que só é importante o que é mensurável”. “Temos de regressar ao que é simbólico, ao que é importante na história dos povos porque é aí que encontramos o nosso consciente coletivo”, desafiou.

 

 

No momento inaugural da exposição, o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reiterou a mesma ideia, “hoje vivemos no registo do que é quantitativo mas o regresso à dimensão simbólica das nossas vivências é fundamental”.

 

 

José Francisco Rolo referiu que “esta comemoração permite redescobrir-mo-nos como povo e perceber o que aconteceu ao longo destes quinhentos anos”. “É um convite a descobrir a nossa identidade e regressar às nossas raízes. E também de reconstruir a nossa identidade nas doze localidades” que assinalam esta data, um desafio que na sua opinião se estende a toda a comunidade, nesta “oportunidade para a diáspora”.

 

               

ptnlenfres

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