No âmbito da reabilitação do seu passado histórico, o Município de Oliveira do Hospital tem vindo a implementar a recuperação e promoção de alguns dos elementos patrimoniais mais significativos do concelho, merecendo particular destaque o conjunto de monumentos funerários com vários milhares de anos ainda bem preservados na região.
Para o efeito, procedeu recentemente à escavação, restauro e valorização do Dólmen do Seixo da Beira e da Anta da Cavada (Fiais do Ervedal), bem como a limpeza e recuperação pontual do Dólmen da. Sobreda (Seixo da Beira) e o da Bobadela. Elementos patrimoniais de invulgar interesse regional e nacional cujas estruturas internas, de grandes dimensões, jaziam instáveis e fragmentadas, em acentuado estado de degradação e votadas ao abandono, sem a promoção cultural que lhes era devida.
Há cerca de 6.000 anos assiste-se à presença de pequenas comunidades humanas deambulando e vivendo na actual área administrativa do concelho de Oliveira do Hospital. Abrigando-se em pequenas estruturas feitas à base de materiais vegetais ou aproveitando os abrigos naturais, estas comunidades eram pastoris por excelência, complementando a sua subsistência com a caça, a pesca, a recolecção dos recursos vegetais fornecidos pela natureza e a prática de uma agricultura ainda muito rudimentar.
A preocupação com a vida para além da morte levou-os a construir grandes túmulos de pedra – dólmens ou antas reservados à deposição dos corpos ou restos ósseos de um número restrito de indivíduos. A maioria da comunidade reservavam-se os abrigos rochosos, as fossas abertas no solo ou a simples exposição. Monumentos de índole funerária mas também religiosa, perpetuando os seus antepassados e ao mesmo tempo assumindo-se como local de culto e união entre as populações