Logo em frente ergue-se a Igreja Paroquial que tem como titular a Exaltação da Santa Cruz. Originalmente românico-gótica, sofreu grandes transformações em meados do século XVIII, 1751, conservando, no entanto, 3 capelas: a capela dos Ferreiros, que tem como titular tradicional Nª. Sª. da Graça, gótica, século XIII, a capela de S. Brás e Sª. da Piedade, de 1571, gótica e a capela de Nª. Sª. da Expectação, do século XVIII.
A capela de São Brás e de Nossa Senhora da Piedade contem um letreiro esclarecendo a sua fundação – 1571 – e quem assumiu a sua construção – o Licenciado Melchior Fernandez.
A capela fronteira, à epístola, é dedicada a Nossa Senhora da Expectação.
Na capela estão colocados a par dois túmulos, considerados da melhor escultura tumular do País. São esculturas de estátuas jacentes, esculpidas em pedra de Ançã, do século XIV, uma masculina, vestida de túnica e manto de ordem, segurando a espada com a direita e luvas com a outra, com um cão estendido aos pés. A outra, feminina, vestida com grande luxo, também com um cão aos pés. Ambas as arcas assentam em leões de duas épocas e representam as estátuas fúnebres de Domingos Joannes e Domingas de Sabaché, esta, senhora de origem francesa com quem o Cavaleiro de Oliveira casou em consequência da sua estada como cavaleiro e, segundo se diz, condestável em França. Apresentam ainda as tampas fúnebres alguns letreiros esculpidos em escritura cursiva. Sobre as duas esculturas encontra-se também uma escultura que constitui mesmo o Ex-Libris da Cidade e do próprio Concelho e que é exatamente a estátua do Cavaleiro de Oliveira – Domingos Joannes montado no seu cavalo. Existe outra estátua idêntica no Museu Machado de Castro, em Coimbra, havendo acesa polémica sobre se a cópia é a que se encontra na Capela dos Ferreiros ou se esta é mesmo o original. Atrevemo-nos a dizer, com algum orgulho, que a de Coimbra só pode ser a cópia. Encontra-se na Cidade, adornando uma das suas rotundas, uma interpretação artística desta estátua em tamanho aproximado ao natural.
Em frente aos Paços do Concelho ergue-se um Pelourinho Manuelino do século XVII, pertencente ao grupo de pelourinhos classificados do tipo «mesa», sendo um Imóvel de Interesse Público.
No outro extremo do Jardim Municipal está a Capela de Sant`Ana, mas antes, ao deslocar-se para esta, encontra o Monumento aos Combatentes da Primeira Grande Guerra e o Monumento Comemorativo da Independência Nacional.
De volta ao Jardim desloque-se para o Palácio da Justiça, encontrando nas suas traseiras a Casa Museu Dona Maria Emília Vasconcelos Cabral Metello e os seus magníficos jardins interiores. Era a antiga «Casa de Baixo», do século XVIII-XIX, que pertenceu ao fidalgo Francisco Cabral Metello, o qual a veio a legar ao Concelho de Oliveira do Hospital, juntamente com todo o património da família em Oliveira do Hospital e em Lisboa, através da constituição de uma Fundação com o nome de sua mãe e que dá também nome à Casa Museu. Lá se encontra hoje um magnífico museu, considerado único em Portugal e que pretende reconstituir a monarquia romântica da nossa sociedade burguesa, anterior à implantação da República. Possui um conjunto de obras de arte da família da fundadora e diverso espólio etnográfico. Uma visita obrigatória.
Ao sair da Casa Museu desloque-se na direção de Gramaços (a 1 Km) passando pelo interior da Cidade, e ao fazê-lo não deixe de apreciar alguma da estatuária da cidade, destacando-se, pelo seu simbolismo, a Estátua do Cavaleiro de Oliveira do Hospital, obra escultural de 1960, que é uma interpretação livre do mestre António Duarte, da estátua que se encontra no interior da Capela dos Ferreiros. Situa-se na Rotunda do Ameal, na entrada Sul da Cidade. Já perto de Gramaços encontra numa rotunda outra obra carregada de simbolismo, a Estátua do Pastor, da iniciativa do Dr. António Simões Saraiva, evocativa do pastor serrano, em homenagem a uma das profissões mais antigas e de maior significado em todo o Concelho.
Tal reconstrução terá ficado a dever-se à ocorrência de um incêndio nos telhados em 4 de Setembro de 1949 e foi realizada com cuidados suficientes quanto à necessidade de respeitar o seu carácter antigo.
De volta à Cidade, o seu passeio merece um repouso na tranquilidade do Parque do Mandanelho, considerado o «pulmão» da cidade, está muito bem infra-estruturado tendo ao seu dispor um parque infantil, um polidesportivo, um palco para espetáculos com um magnífico anfiteatro natural, um circuito de manutenção, mesas para merendar e ar puro e sombras em doses reconfortantes.