Igreja Matriz de Penalva de Alva
Arqueologia / Castelo
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital / Penalva de Alva
LOCAL
Penalva de Alva
Situação atual
Classificado
Categoria de Proteção
Classificado como IM - Imóvel de Interesse Municipal
A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112 da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984
Abrangido em ZEP ou ZP
Matriz da localidade de Penalva do Alva, a igreja de São Tomé é uma edificação oitocentista situada junto ao rio, que substituiu a antiga paroquial existente, desde pelo menos o século XVI, num local mais elevado.
A capela-mor é ainda mais recente, mas é evidente a unidade do conjunto, que denuncia a inspiração em modelos barrocos, quer a nível arquitetónico, quer decorativo.
Na fachada principal, quatro pilastras definem os cunhais do edifício e a zona central, abrindo-se, nesta última, o portal, de moldura reta, rematado por frontão contra curvado e tímpano segmentado, encimado por uma concha.
Um entablamento suporta o frontão do alçado, mas é interrompido, no pano central, onde se situa o janelão e a coroa, no eixo do portal.
No prolongamento das pilastras centrais, erguem-se duas estátuas que flanqueiam a cruz, sobre o frontão contra curvado.
No lado da epístola ergue-se a torre, adossada à igreja, mas num plano mais recuado. Um dos sinos tem a data de 1785 e é dedicado a São Tomé, razão pela qual deverá ter pertencido ao templo primitivo.
No interior, de nave única, existem duas capelas e dois altares colaterais, de talha dourada e branca, tal como o da capela-mor. Executados também no século XIX, estes retábulos recuperam o gosto do século que os precedeu, apesar da linguagem de cariz neoclássica que se adivinha. O arco de triunfo é em cantaria e muito alteado e, na nave, existe ainda um púlpito.
Num templo de construção tardia, que se pauta pela austeridade e contenção decorativa, ganha especial relevância o património móvel, constituído pelas esculturas renascentistas da Virgem com o Menino, em pedra, a de São Sebastião em pedra do século XVI-XVII, e a de São Tomé, em madeira, mas já do século XVIII. Uma pintura, em madeira, representando a Anunciação, é quinhentista e a custódia, de prata, remonta ao século XVII.
(Rosário Carvalho)