“Escola Feliz”, projeto pioneiro lançado no ano passado no concelho, regressa em 2013 sob a forma de programa dinamizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), em parceria com o Município de Oliveira do Hospital e o Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH). Depois da experiência piloto lançada em 2012, que envolveu 20 alunos com maiores dificuldades de aprendizagem que foram acompanhados por uma dezena de técnicos e que cumpriu os objetivos de consolidar conhecimentos e preparar o ano letivo, “para 2013, a iniciativa ganhou a condição de programa” para desenvolver uma “ação concertada e planeada para decorrer até que cumpra integralmente a sua função”, adiantou José Francisco Rolo, presidente da CPCJ.
Na apresentação pública desta iniciativa, o vice-presidente da autarquia não escondeu o orgulho por “o projeto passar para programa, que partiu da escola pública, se incubou e desenvolveu na CPCJ”. O responsável enalteceu também o envolvimento da Associação de Pais, “que foi sinalizando a necessidade de uma intervenção concertada entre Câmara Municipal, CPCJ e escola pública para alunos que precisam de uma atenção especial”. “Hoje não podemos trocar o certo pelo incerto e é nossa obrigação criar, desenvolver e aplicar este programa a todo o território de Oliveira do Hospital, envolvendo uma vasta equipa multidisciplinar”, acrescentou.
Apoiar as crianças e as famílias é o desafio para que “em Oliveira do Hospital nenhum aluno fique para trás. Queremos promover uma atitude e prática de promoção de igualdade de oportunidades a todos os alunos do 1.º ciclo, sem que algum fique para trás porque a família não tem capacidade financeira para pagar explicações”. Na apresentação do programa “Escola Feliz” o vice-presidente da autarquia sublinhou ainda que esta quer “assumidamente e também politicamente estar ao lado da escola pública, valorizando-a”.
Graça Silva, vereadora da Educação salientou a “articulação entre as entidades” que permitem a execução deste programa que tem na sua génese, a “preocupação para que as crianças estejam mais bem preparadas para o arranque do ano letivo”. A responsável adiantou ainda que, no próximo ano letivo, as escolas vão contar com o apoio de uma equipa multidisciplinar constituída por técnicos que estão a desenvolver estágios através da Câmara Municipal, e que vai “acompanhar as crianças e jovens com mais dificuldades” para que possam “ter um futuro mais risonho”.
Ana Álvaro, presidente da Associação de Pais, considerou a continuidade do “Escola Feliz”, uma “mais valia para os alunos do 1.º ciclo”, uma opinião partilhada pelos representantes da Educação na CPCJ. Nuno Ribeiro saudou o facto da iniciativa ser dirigida aos “alunos do 1.º e 2.º ano” onde o reforço de aprendizagens é essencial. Argumento que a docente Olinda Duarte também enalteceu, a par com a “componente pedagógica” de que o programa “Escola Feliz” se reveste.
Este ano, o programa “Escola Feliz” decorrerá de 2 a 10 de setembro, encontrando-se sinalizados 25 alunos do 1.º ciclo do ensino básico, dos 6 aos 8 anos, que irão participar nas atividades preparadas e acompanhadas por uma equipa multidisciplinar, composta por professores, assistentes sociais, psicólogos, voluntários da Universidade Sénior e do Banco Local de Voluntariado, e por um técnico de educação e um terapeuta da fala.
O programa tem como objetivos proporcionar a ocupação dos tempos livres numa lógica de consolidação das aprendizagens do ano letivo anterior e de preparação do novo ano; motivar os alunos para a aprendizagem escolar; permitir o treino de competências, com vista à melhoria do desempenho escolar; e concretizar atividades que permitam um entretenimento saudável, estimulando a criatividade e o gosto pelas atividades de grupo e recorrendo à utilização de materiais lúdicos e pedagógicos.