O Município de Oliveira do Hospital promoveu no passado sábado, 18 de maio, o Fórum População Estrangeira, encontro que visou estreitar laços com a comunidade estrangeira residente no concelho, fomentando a sua integração social e económica, e valorizando as capacidades desta comunidade. Oliveira do Hospital assume-se como “a friendly municipality” e neste encontro, que foi amplamente participado por cidadãos de várias nacionalidades, saiu reforçada a vontade de trabalhar em conjunto para criar uma plataforma de diálogo e ação para operacionalizar em várias áreas como a cultura, a língua, o turismo, ou a atividade social, ambiental ou cívica.
Na abertura deste fórum, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital convidou à união de esforços para “ajudar a construir um concelho melhor. Não podemos exigir que participem no nosso projeto concelhio de qualidade de vida quando não damos nada em troca”, disse José Carlos Alexandrino, reiterando a disponibilidade em receber estes cidadãos ou os seus representantes na Câmara Municipal, como tem vindo a acontecer, para a resolução de problemas, por vezes “pequenas coisas e de fácil resolução”.
O autarca defendeu que “o concelho de Oliveira do Hospital deve ser um território inclusivo, que saiba receber e potenciar uma troca de experiências. Fruto desta transversalidade, em tempos de dificuldades que a comunidade estrangeira também sente, acreditamos que nos vêm engrandecer e tornar o concelho mais rico e mais aberto”. Foi neste sentido que o presidente do Município desejou que esta comunidade “se sinta em Oliveira do Hospital como se sente nas suas terras” e reiterou a sua inteira disponibilidade, sublinhando ser “um presidente de porta aberta para vos receber, e a toda a comunidade oliveirense, que queira falar comigo”.
Um sentimento que foi partilhado pelo vice-presidente da autarquia, que reforçou a intenção de fazer de Oliveira do Hospital “um concelho acolhedor” e deu conta de que este era o primeiro de outros encontros que se seguirão, após a criação de “grupos temáticos das várias comunidades para tentar resolver algum problema que surja e acolher as boas ideias”. O objetivo passa pela criação de uma comissão com representantes das várias nacionalidades que trabalhará no aprofundamento de parcerias, bem como pela facilitação no acesso aos serviços da administração local. Que pode passar, como José Francisco Rolo adiantou, pela criação “de uma ferramenta eletrónica, um canal para receber melhor” ou um gabinete com “alguém que fale inglês e holandês” para “dar uma melhor e mais rápida resposta aos problemas apresentados. Para o Município isto é um projeto sério e importante porque queremos melhorar as relações entre os serviços camarários e a comunidade estrangeira. Um grande projeto que talvez possa ser implementado noutros pontos do país”, afirmou o também vereador do pelouro do Turismo.
Deste projeto de envolvimento da comunidade saiu a confirmação de que uma das primeiras ações a ganhar forma será a disponibilização de um curso de português para estrangeiros, em parceria com a EPTOLIVA. Como reforçou o presidente da ADEPTOLIVA, Artur Abreu, pese embora a especialização na formação profissional para jovens, esta escola profissional tem procurado “diversificar a oferta formativa. Ao perceber que existe uma comunidade estrangeira vasta, decidimos criar uma oferta que permita ter formação de português, ao nível da conversação ou do aprofundamento oral e escrito da língua”, acrescentou.