O Município de Oliveira do Hospital vai disponibilizar 250 mil árvores, de espécies autóctones, para incentivar os proprietários florestais a arrancarem os eucaliptos que nasceram espontaneamente em consequência do incêndio de 15 de outubro de 2017, que consumiu 97 por cento da área florestal do concelho.
Nesta primeira fase o “Projeto Reflorestar”, recentemente lançado pela autarquia para devolver as áreas verdes à floresta do concelho de Oliveira do Hospital que foi dizimada pelo fogo, tem como objetivo a plantação de 250 mil árvores durante o ano de 2019.
Para terem acesso às árvores e arbustos autóctones disponibilizados pelo Município de Oliveira do Hospital, como castanheiros, sobreiros, medronheiros, carvalhos e pinheiros-mansos, por exemplo, os proprietários florestais podem apresentar a candidatura até 31 de janeiro do corrente ano, numa primeira fase, ou então entre 1 e 30 de setembro.
Após aprovação das candidaturas, a plantação das árvores terá que ocorrer até 30 de março ou 31 de dezembro de 2019, tendo em conta a época de plantação a que o proprietário se candidate.
Para garantir o sucesso das operações, o Gabinete Técnico Florestal do Município (GTF) de Oliveira do Hospital prestará todo o aconselhamento técnico necessário aos candidatos, que ficam obrigados a cumprir com as normas definidas no “Projeto Reflorestar”, assim como lhes assegurará uma breve ação de formação para garantir a correta plantação das árvores.
Durante o primeiro ano de vigência do projeto, cada proprietário pode candidatar-se a um limite máximo de 500 árvores, ficando obrigado, sob compromisso de honra, a assegurar a necessária manutenção.
As candidaturas ao “Projeto Reflorestar” podem ser submetidas via online, através da página oficial de internet do Município de Oliveira do Hospital, ou entregues em suporte físico no GTF.
O Presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, que recentemente anunciou um investimento faseado de um milhão de euros para incentivar os proprietários florestais a substituir o eucalipto por árvores autóctones, alerta para a importância desta medida num concelho em que os eucaliptos têm estado a invadir o território por via da germinação descontrolada das sementes, formando mantos contínuos que impedem o crescimento de outras espécies.
Queremos transformar a tragédia de 15 de outubro numa oportunidade para deixarmos às gerações vindouras uma floresta sustentável, com biodiversidade, e de muito menor risco ao nível da propagação dos incêndios, sublinha o autarca.