Foram inauguradas, a 13 de janeiro, as instalações da Equipa Comunitária de Saúde Mental (ECSM) Pinhal Interior Norte, em Oliveira do Hospital, cujas obras de beneficiação do espaço localizado junto do Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), foram suportadas pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
“Esta é mais uma conquista para Oliveira do Hospital e representa um salto positivo e um ganho de qualidade na assistência aos cidadãos, ao nível da saúde mental”, assinalou José Francisco Rolo, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Na inauguração das obras de remodelação e adaptação do espaço, o autarca relembrou que trazer uma equipa de saúde mental dos serviços centrais para o terreno do nosso território, “é um projeto bem conseguido desde 2015”. Contando com um percurso de quase dez anos durante o qual foram efetuadas consultas a mais de 1300 pessoas, e permitiu acompanhar cerca de 500 utentes em consultas de seguimento, tornava-se necessário dispor também de melhores infraestruturas físicas, conseguidas após a formalização de um protocolo com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a FAAD e o Município de Oliveira do Hospital.
José Francisco Rolo recorda que havia cidadãos que precisavam de cuidados de saúde especializados que apenas se encontravam em Coimbra e “a criação desta equipa permitiu trazer os cuidados de saúde mental e as consultas de especialidade ao território”. “Garantidamente, a saúde mental e os cuidados de saúde no geral, na nossa região, estão maisvalorizados e mais próximos dos cidadãos, por termos esta equipa a trabalhar aqui”, que prestigia e “enriquece o trabalho em rede para servir bem as populações”.
As novas instalações são “um grande ganho para todos, para a equipa que tem melhores condições de trabalho, mas, acima de tudo, para as pessoas que precisam de cuidados de saúde”, referiu o Presidente da autarquia oliveirense, que valorizou “o desempenho assinalável que a equipa tem tido”, sob a coordenação de Célia Franco e “supervisionada” por Horácio Firmino, Diretor do Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Saúde Mental da ULS Coimbra.
Célia Franco, a médica psiquiatra que lidera esta Equipa, reiterou a “disponibilidade para prestar os melhores serviços” lembrando que naquele renovado espaço decorrem as consultas mas que os profissionais também podem ir ao encontro do doente, dando conta do acompanhamento que é feito ao domicílio. “Não há ninguém que fique sem assistência por incapacidade” seja qual for o seu motivo.
Já o diretor Horácio Firmino, reforçou a importância do trabalho que tem de ser feito na integração do doente, junto das suas famílias que é tão ou mais importante do que as consultas no âmbito da intervenção na saúde mental no concelho e em toda a região, e que “só é possível com esta equipa que tem vários especialistas e profissionais de várias áreas”, dando conta que tão importante é a prescrição do medicamento como todo o acompanhamento realizado.
Enquanto tutelar do edifício que serve de sede à Equipa Comunitária de Saúde Mental, Álvaro Herdade, presidente da FAAD, considerou que esta é mais uma forma de estar ao serviço da comunidade, fazendo “jus ao patrono que criou a Fundação Aurélio Amaro Diniz para dar apoio e servir a população local na área da saúde”.
A “proximidade é essencial para garantir a integração de todos os cidadãos”, lembrou Alexandre Lourenço, presidente da ULS Coimbra, que espera reforçar brevemente com mais profissionais, a equipa instalada em Oliveira do Hospital que considerou “um exemplo” no que toca à proximidade com as populações, permitindo “uma integração total de todos os cidadãos, mesmo também com problemas de saúde mental”.
“Este é um exemplo que estamos a tentar seguir para o resto da Unidade Local de Saúde de Coimbra, com o aumento das equipas comunitárias, no sentido de criar um Centro de Responsabilidade Integrada de Saúde Mental, claramente em proximidade e descentralizado”, referiu.
As ECSM são equipas multidisciplinares responsáveis por prestar cuidados diferenciados de saúde mental à população, em ligação com utentes e familiares, bem como com outros interlocutores locais. Privilegiam o acompanhamento das pessoas com doença mental grave e promovem, em articulação estreita com os Cuidados de Saúde Primários, a abordagem dos casos de doenças mentais comuns.