O Município de Oliveira do Hospital assinalou, na terça-feira, 21 de março, um ano de acolhimento a um grupo de deslocados ucranianos, na sequência da guerra que o país ainda enfrenta, com a plantação de cinco exemplares da espécie Kalyna (Virbunum opulus) símbolo nacional da Ucrânia.
Um momento carregado de simbolismo que assinalou este ano de acolhimento deste grupo de cidadãos que fica perpetuado no Parque dos Marmelos, e que foi também de comemoração do Dia Internacional das Florestas e Dia Mundial da Poesia. Foi participado pelas famílias que continuam a residir no concelho de Oliveira do Hospital onde deram continuidade ao seu projeto de vida.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo – que se fez acompanhar pelo vice-presidente e vereador da Floresta e Desenvolvimento Rural, Nuno Oliveira e pela vereadora da Cultura e da Solidariedade, Inclusão e Ação Social, Graça Silva, – sublinhou “queremos que se sintam em casa, aqui em Oliveira do Hospital. Estas são as vossas árvores, a marca indelével que deixam da vossa presença no concelho, e que fica aqui perpetuada neste parque dos Marmelos”.
Este final de tarde, em que receberam também um poema de Manuel Alegre intitulado “As mãos”, foi um momento de confraternização e entrosamento destes cidadãos com a comunidade oliveirense que os acolheu.
Foi a 21 de março de 2022 que Oliveira do Hospital recebeu 15 refugiados da Ucrânia, no âmbito do processo de cooperação estabelecido com o Governo português e o Alto Comissariado para as Migrações, e que receberam um acompanhamento contínuo pelo Gabinete de Ação Social e Saúde da autarquia no último ano, sendo que alguns destes cidadãos permanecem no concelho de Oliveira do Hospital onde deram continuidade ao seu projeto de vida.
Kalyna (Virbunum opulus) é símbolo nacional da Ucrânia e simboliza para os ucranianos a amizade, paz e saúde para toda a família.
Neste Dia Internacional das Florestas, este ano subordinado ao tema “Florestas e Saúde” e com o mote “Florestas saudáveis para pessoas saudáveis”, escolhido pela Organização das Nações Unidas para celebrar, em 2023, esta efeméride com vista a sensibilizar todas e todos para a sanidade das florestas e o seu contributo para a saúde e bem-estar; o Município de Oliveira do Hospital assinalou a data dando destaque aos dois pulmões verdes da cidade, o Parque do Mandanelho e o Parque dos Marmelos.
A autarquia sublinha também a importância do corredor verde que integra a estrutura ecológica da cidade ligando estes dois parques onde pode caminhar/passear suavemente ou exercitar-se nos circuitos de manutenção, com benefícios comprovados para a sua saúde física e mental e o seu bem-estar. Casa de cerca de 50 espécies arbóreas diferentes, com predominância da floresta autóctone como o medronheiro no Parque do Mandanelho ou o carvalho, imagem de marca do Parque dos Marmelos, encontram-se também espécies com propriedades medicinais, lembrando que as ‘florestas são farmácias naturais’, como o medronheiro, o freixo ou a tília.
A defesa e preservação da floresta autóctone tem sido uma das grandes apostas do Município de Oliveira do Hospital que, desde 2010, dinamiza várias ações de promoção ambiental ancoradas no seu programa “Plantar Árvores, Fazer Florestas” que engloba três projetos que acompanham o ciclo da floresta da sementeira à plantação e à limpeza dos povoamentos florestais: “Semear para Crescer”, “Plantar um Amigo” e “É Hora de Cuidar”.
O objetivo é consciencializar e sensibilizar a comunidade, sobretudo a escolar, para as questões ambientais, através de ações que se traduzirão num aumento gradual da qualidade de vida para as gerações vindouras. Um território que cuida da sua floresta está a cuidar da sua sustentabilidade no futuro.
O Dia Internacional das Florestas, a 21 de março, tem como objetivos assinalar e celebrar a importância das florestas ao nível da saúde humana, cujos benefícios envolvem purificar a água, limpar o ar, capturar carbono para combater a mudança climática, fornecer alimentos, medicamentos e melhorar o bem-estar. Por outro lado, cabe a cada um de nós proteger este recurso natural tão precioso e preservar a saúde da floresta, fazendo um uso sustentável dela e dos seus recursos; e reduzindo a sua vulnerabilidade a riscos, desde incêndios a pragas, que as podem pôr em perigo.