A Mostra de Produtos Biológicos e Agrícolas em Modo de Produção Tradicional de Oliveira do Hospital – “Da Nossa Terra” atingiu cinco anos de realização ininterrupta, um aniversário que foi comemorado com uma edição especial, no passado sábado.
No Mercado Municipal, as bancas encheram-se com o colorido dos produtos frescos, da época, vindos diretamente ‘da terra’ desde a fruta aos hortícolas, e aos quais se juntaram outros igualmente saborosos, como o mel, as compotas e licores; o pão, enchidos e queijo, entre outros.
Bancas repletas do melhor que os participantes na mostra “Da Nossa Terra” produzem e onde os consumidores, que por lá passaram durante a manhã, encontraram diversidade e frescura nos produtos biológicos ou agrícolas em modo de produção artesanal.
Nesta edição especial, comemorativa do quinto aniversário, “Da Nossa Terra” regressou ao seu espírito de origem e foi oferecida uma sopa coletiva, com a colaboração da Liga de Iniciativa e Melhoramentos de Travanca de Lagos.
A par disso houve também animação musical com a presença do Grupo de Cantares da Universidade Sénior de Oliveira do Hospital, uma exposição de trabalhos dos alunos do pré-escolar e 1.º CEB, de sensibilização ambiental, “Deixa a Tua Marca”.
Pioneira na região, a mostra há muito que ultrapassou as fronteiras do concelho e é procurada por diferentes segmentos de consumidores que ali encontram produtos tradicionais de excelência trazidos pelos agricultores e produtores artesanais.
Promovida pelo Município de Oliveira do Hospital (MOH) e pela ADI – Agência para o Desenvolvimento Integrado de Tábua e Oliveira do Hospital, ganhou notoriedade nestes cinco anos e está mais do que consolidada, numa altura em que o próprio Ministério da Agricultura reconhece a importância do segmento dos “mercados de proximidade”.
“O balanço é positivo. É bom tanto para nós como para o concelho”, assegura Edmaro Rodrigues, presença assídua nestes cinco anos da mostra. Para este produtor de Alvôco das Várzeas, é importante o convívio que se gerou mensalmente e a oportunidade para escoar alguns excedentes.
Segundo conta, o público tem aderido mais, com o passar do tempo, “conheço pessoas que vêm cá sempre, todos os meses, mas também aparecem outras pela primeira vez”. Mensalmente traz consigo licores e compotas que confeciona com os produtos que ele próprio colhe no seu quintal, bem como frutas e hortícolas da época, “o que tem sempre mais procura” por parte dos consumidores.
Também Elza Almeida conta com um orgulhoso sorriso que participa nesta mostra desde a primeira edição. “Vale a pena cá vir, umas vezes vende-se mais, outras menos, mas vale a pena”, diz, lembrando aos consumidores que ali estão melhores produtos “e mais baratos” que nos hipermercados. Questionada, responde sem rodeios que a broa de batata, o biscoito de azeite e o queijo de cabra” tudo “feito por mim” são os seus produtos que têm mais procura.
Noutra banca, Inês Rodrigues vendia a penúltima broa. Amassada e cozida à moda antiga por ela em forno de lenha, é um dos produtos que mais vende, tal como o bolo doce e a tigelada. Presença assídua no último ano e meio, está satisfeita pela oportunidade que a mostra lhe dá para vender os produtos da época excedentes da horta e outros que faz propositadamente para a “Da Nossa Terra”, como o pão que “vendo sempre quase todo”.
No momento em que se assinalam cinco anos, o vereador do Turismo, Ambiente e Qualidade de Vida, José Francisco Rolo refere, “a mostra continua a existir porque continua a existir uma agricultura familiar que cada vez se afirma mais como produção de qualidade, amiga da saúde e a preços acessíveis.
Cinco anos Da Nossa Terra é reconhecer a persistência dos produtores, é dar valor ao carinho dos consumidores por estes produtores, é dizermos que temos aqui um evento único, que distingue e honra quem lhe dá vida todos os meses, por isso um grande bem haja a todos”.
O Pelouro do Turismo, Ambiente e Qualidade de Vida da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital