Depois do sucesso verificado em 2011, a dramatização da história da “Maria Castanha” foi retomada por estes dias, em que se vivem as tradições do S. Martinho, na Ludoteca da Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital.
Neste teatro de fantoches fala-se de uma menina especial, a Maria Castanha, diferente na cor da pele mas igual na vontade de brincar e aprender. Fala-se de magustos, do vento que faz rodopiar as folhas que caem das árvores, das primeiras chuvas e de brincadeiras de crianças no recreio.
Mas a história da “Maria Castanha” é muito mais do que isso, e ultrapassa esta época do S. Martinho. É uma narrativa sobre a atualidade porque aborda a questão do desemprego, problema frequente nos nossos dias, que muitas famílias enfrentam e que preocupa também as crianças, porque sentem os problemas dos seus agregados familiares.
Além disso, é um conto sobre a tolerância e o respeito pela diferença que procura passar uma mensagem positiva de que tudo é ultrapassável com o apoio e compreensão dos mais próximos, sejam familiares ou amigos.
Depois de muitas crianças do 1.º ciclo terem assistido, no ano passado, a este pequeno teatro, foi a vez de um grupo de utentes da ARCIAL assistir a esta narrativa. Presença assídua na Ludoteca da Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, o grupo regressou esta semana com grande entusiasmo. Como assinala Ana Isabel Martins, responsável pela Ludoteca, é enriquecedor trabalhar com este grupo, já que os seus próprios integrantes são “um exemplo de tolerância e de que, quando ultrapassadas as diferenças, uma pessoa fica mais rica e o mundo melhor quando trabalhamos com elas. Temos aprendido muito com este grupo de meninas da ARCIAL que revelam grande amizade e preocupação umas com as outras”, acrescentou.