A formação de um laço azul humano, no dia 7 de maio, no Largo Ribeiro do Amaral, assinalou o final das iniciativas dinamizadas pelo Município de Oliveira do Hospital e a CPCJ de Oliveira do Hospital, no âmbito da campanha nacional “Abril – Mês da Prevenção Contra os Maus-Tratos na Infância”.
A iniciativa, promovida pela CPCJ local, contou com a presença de centenas de alunos do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, Eptoliva, Fundação Aurélio Amaro Dinis e a Obra D. Josefina da Fonseca, contemplou uma caminhada pelas ruas de Oliveira do Hospital e pretendeu chamar a atenção e sensibilizar para a problemática da violência infantil.
Para o presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo, a formação do “Laço Azul Humano”, e todas iniciativas associadas à campanha que decorreu ao longo do mês de abril em Oliveira do Hospital, “são uma forma de estender este tema ao espaço público”, e, acima de tudo, “interpelar consciências para uma atitude de prevenção” contra os maus-tratos na infância.
No momento que antecedeu a formação daquele logótipo humano, José Francisco Rolo dirigiu-se às crianças e jovens presentes no Largo Ribeiro do Amaral para relembrar os direitos que lhe são atribuídos, “de serem felizes e protegidos, e de crescerem em harmonia e em ambiente de paz”.
José Francisco Rolo falou igualmente do trabalho executado pela CPCJ, enquanto “estrutura mediadora entre a família, as crianças, a escola e, no limite, o tribunal”, que contribui “para a resolver problemas e encontrar soluções”.
Segundo o vereador da Câmara Municipal e presidente da CPCJ de Oliveira do Hospital, Nuno Ribeiro, a realização do Laço Azul Humano foi o culminar de um leque de ações promovidas em todo o concelho, com vista “alertar e a sensibilizar a comunidade” no âmbito da iniciativa Abril – Mês da prevenção dos maus tratos na infância, cujo lema é “Serei o que me deres…que seja amor”.
Ao longo do mês, explicou Nuno Ribeiro, “foram realizadas ações de sensibilização e iniciativas nos diversos estabelecimentos de ensino do concelho, com o envolvimento da comunidade educativa”. O pretendido, explicou, “foi que fosse possível contribuir para sensibilizar a comunidade em geral para esta questão dos maus-tratos na infância, através dos mais novos”.
À campanha “também se associaram clubes e associações que utilizaram o Laço Azul em algumas iniciativas culturais e desportivas e foram distribuídas à população centenas de pulseiras azuis com a frase oficial da campanha, “Serei o que me deres… que seja amor”, confecionadas e cedidas pela empresa J.Guerra, a quem agradecemos o apoio”.
Para o presidente da CPCJ, a criação de redes de parceria com Município de Oliveira do Hospital, associações, clubes, entidades e IPSSs “são fundamentais” para dar continuidade à divulgação e à promoção dos direitos das crianças.
“Este ano, uma vez mais, a campanha do Laço Azul estendeu-se às freguesias, com a colocação de laços azuis de grandes dimensões em locais de destaque das aldeias e vilas do concelho. A todos agradecemos o envolvimento nesta causa”, frisou Nuno Ribeiro.
Note-se que formação do Laço Azul Humano foi o culminar do leque de ações promovidas com vista a alertar e a sensibilizar para as questões dos maus-tratos na infância. O programa organizado pela CPCJ Oliveira do Hospital integrou ainda ações lúdicas e pedagógicas, como a dinamização do Seminário “Famílias do Séc. XXI”, o workshop “Estilos de Liderança Parental” e a apresentação nas escolas do projeto SPOILER, onde foi possível debater e abordar, em contexto de conversa informal, temáticas que, normalmente, não são abordadas em espaço escolar.
“A CPCJ de Oliveira do Hospital tem sido incansável na procura de acautelar os direitos das nossas crianças, através da realização de um trabalho diário, incansável e sigiloso”, refere, acrescentando que tal “só é possível com a ajuda e o apoio de toda a comunidade”, salientou.
Nuno Ribeiro referiu também que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Oliveira do Hospital, ao momento, “dá acompanhamento a sete dezenas de casos” e, embora não tenha havido aumento de sinalizações do ano passado para este ano, considera que “são um número considerável de casos”, que chegam aquela comissão através da GNR e das escolas e também pela comunidade em geral.
A CPCJ de Oliveira do Hospital funciona em regime de permanência, no edifício da Câmara Municipal, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. As sinalizações podem ser feitas pessoalmente, por correio tradicional ou por e-mail, para cpcj.oliveirahospital@cnpdpcj.pt ou por telefone, para 961 730 240.