O Dia Municipal para a Igualdade, comemorado anualmente a 21 de junho, dia do solstício de Verão e com o lema “o sol quando nasce é para tod@s” foi assinalado com a exposição “A Transmissão da Vida” da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR). Esta exposição fotográfica, que pode ser visitada nos Paços do Município, apresenta um conjunto de imagens científicas relacionadas com a reprodução, “que espero que vejam pelo belo” afirmou a presidente da SPMR, Teresa Almeida Santos no momento que antecedeu uma visita explicativa desta mostra.
Seguiu-se um painel de conversas sobre a temática da igualdade com a participação de José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara de Oliveira do Hospital; Agostinho Almeida Santos, reputado especialista em medicina reprodutiva e sócio-fundados da SPMR; Teresa Serra, Conselheira Municipal para a Igualdade; José Francisco Rolo, vice-presidente da autarquia e Eunice Saraiva, da ADIBER. O dia ficou ainda marcado por uma simbólica largada de balões durante as Marchas Populares que foram envolvidas nas comemorações, concretizando dessa forma uma ação de sensibilização, junto do grande público, para a temática da Igualdade de Género. Além disso, cada marcha participante se apresentou com uma faixa alusiva a esta efeméride.
As comemorações do 3.º Dia Municipal para a Igualdade decorreram de 15 a 21 de junho e englobaram várias atividades como um ciclo de cinema e exposições temáticas, e um sarau de ginástica com o Grupo de Ginástica de Oliveira do Hospital. Nesta semana, foi realizado o III Fórum das Comunidades Estrangeiras – “Oliveira do Hospital, a Friendly Municipality”, dando seguimento ao trabalho que tem vindo a ser concretizado para estreitar laços com estes novos residentes. “Queremos reafirmar que vos consideramos munícipes de Oliveira do Hospital de corpo inteiro. Queremos que este grupo cresça, que tragam ideias e possamos passar a mensagem para o território nacional que está aqui a acontecer um projeto, que começou por ser de afetos e que queremos fazer crescer”, afirmou o vice-presidente, José Francisco Rolo, na altura.
O lançamento do livro “Páginas da Minha Vida” de João Fernandes que compila testemunhos dos utentes da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, foi outro ponto alto, no dia em que foi assinado um protocolo de cooperação com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, que contou com a presença da sua presidente, Fátima Duarte, e que visa o apoio técnico para a execução do Plano Municipal para a Igualdade de Género.
As comemorações foram seguidas de perto pela Conselheira Municipal para a Igualdade que faz um “balanço positivo” de toda a programação e aponta a assinatura do protocolo de cooperação com a CIG e a tertúlia com a presença do especialista Almeida Santos como pontos marcantes das comemorações. Teresa Serra sublinha também o envolvimento das marchas populares que permitiu espalhar a mensagem pelo grande público e a inauguração da exposição na Casa da Cultura que marcou o arranque da Semana para a Igualdade. “Do contactos que tive, as pessoas disseram-me que gostaram das várias iniciativas”, explica a Conselheira Municipal que embora considere que há “um caminho para percorrer” na igualdade de género, “já se notam algumas modificações” principalmente “nas pessoas mais jovens já se assiste a mudanças”. “É um caminho difícil mas devagarinho levam-se os objetivos até ao fim”, acrescenta a professora Teresa Serra que não deixa de incentivar ao envolvimento dos cidadãos para alcançar a igualdade de género na esfera familiar e pública.
Na hora de balanço desta semana de comemorações do Dia Municipal para a Igualdade, José Francisco Rolo refere que “em duas reuniões de trabalho a equipa fez a avaliação de onde ressaltam duas conclusões: a mensagem da Igualdade chegou a mais pessoas e a diferentes faixas da população; e a segunda conclusão é a de que a Igualdade de Género vai continuar na agenda pública e nas ações de sensibilização do Município de Oliveira do Hospital”.
“Quando a própria CIG nos procura e a sua presidente reconhece publicamente o nosso trabalho, fica demonstrado que estamos a seguir o caminho certo”, acrescenta o vereador realçando que “o tema não é fácil mas a causa da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens, a luta contra a violência doméstica e a educação para a igualdade são motivos para continuar com o projeto de intervenção ‘Igualdade Local, Cidadania Responsável’ que, infelizmente, não tem qualquer apoio do organismo do Estado”. “Também aqui esperamos que com o protocolo assinado com a CIG, esta situação se altere, para podermos trabalhar mais próximos e junto de mais pessoas”, conclui.