A “Música Filarmónica” foi o tema das I Jornadas Culturais organizadas pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital na passada sexta-feira, 21 de novembro. O encontro que se realizou na Casa da Cultura reuniu elementos e direções das quatro bandas concelhias – Filarmónica Sangianense, Fidelidade de Aldeia das Dez, Sociedade Recreio Filarmónica Avoense e Filarmónica de Ervedal da Beira – num espaço de discussão sobre esta temática.
Nestas jornadas foram tratadas questões como a sustentabilidade das filarmónicas, a formação musical e novas metodologias de ensino, as estratégias e dinâmicas que hoje se impõem às filarmónicas bem como exemplos de boas práticas.
Após um painel de apresentação das quatro filarmónicas durante o qual os seus representantes deram conta das suas experiências e preocupações, seguiu-se a intervenção dos oradores convidados, os maestros Artur Pinho Maria e Marco Paulo Santos e o professor Paulo Gomes que abordaram temas como as boas práticas, as estratégias e dinâmicas e a importância da formação musical.
Na sessão de abertura, a vereadora da Cultura frisou que as “filarmónicas concelhias são o mais antigo porta-estandarte musical do concelho” sendo este “motivo mais que suficiente” para que a Câmara Municipal realize estas I Jornadas Culturais.
Como frisou Graça Silva, a autarquia tem tem apostado no “investimento cultural” quer “na sua vertente financeira quer na preocupação de envolver os vários agentes culturais em eventos e iniciativas de relevância supramunicipal”. “Este é um momento de reflexão mas também de partilha e aprendizagem para todos nós” acrescentou a vereadora.
Arménio Santinho, presidente da Federação de Filarmónicas do Distrito de Coimbra, agradeceu a realização deste encontro “porque as bandas enriquecem-se com este trabalho”.
Já o presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, António Rodrigues Gonçalves, dirigiu palavras de incentivo às filarmónicas e executantes frisando que desenvolve questões importantes como a educação musical, “o espírito de grupo” e “a solidariedade” entre todos, incentivando os mais jovens a “aprofundarem o mais que puderem” porque é “uma atividade lúdica fantástica” e uma “experiência gratificantes e formativa”.
Na abertura dos trabalhos, o presidente do Município, José Carlos Alexandrino quis prestar homenagem “a todos os diretores e todos os homens e mulheres que trabalham em prol das filarmónicas e que se esforçam para que existam”.
Reconhecendo que os tempos não são fáceis deixou a garantia de que a autarquia irá continuar a apoiar as bandas com “uma pequena ajuda ao vosso trabalho” que é importante para “estes jovens que aprendem muito com a música”.
Desafiou também as quatro filarmónicas para um trabalho em conjunto, repensando alguns caminhos para obter o sucesso através de estratégias definidas e que promovam a continuidade e o trabalho destes importantes agentes culturais do nosso concelho.
Considerando o público presente e após análise de um pequeno inquérito de avaliação desta iniciativa, pode-se concluir que estas jornadas foram muito bem acolhidas, tendo os presente congratulado o município pela iniciativa inovadora e sugerido que estas se estendam a outros géneros musicais, temáticas e áreas.