Oliveira do Hospital acolheu a reunião do Conselho de Parceiros da Beira Serra, que decorreu no salão nobre dos Paços do Município, no passado dia 11 de fevereiro.
Trata-se de uma estrutura de acompanhamento da implementação e execução da Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) a submeter ao instrumento DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária, vertente Rural.
No total, 124 entidades, públicas e privadas, dos quatro municípios da Beira Serra – Oliveira do Hospital, Tábua, Arganil e Góis – aprovaram por unanimidade este documento estratégico de importância fulcral para este território e que irá dar sequência às iniciativas de desenvolvimento local que têm vindo a ser implementadas através dos anteriores programas, como o LEADER e SP3 PRODER.
Nesta “cimeira” que contou com a presença dos quatro presidentes dos Municípios da Beira Serra, os parceiros procederam à assinatura do contrato de parceria que define as responsabilidades do GAL/ADIBER (Grupo de Ação Local).
Recorde-se que no âmbito da elaboração da EDL para a Beira Serra, em maio passado foi formalizado o “Compromisso Beira Serra 14-20” e posteriormente foram dinamizadas várias sessões para esclarecer e auscultar contributos para a elaboração da estratégia de desenvolvimento.
Como explicou Miguel Ventura, presidente da ADIBER, a região da Beira Serra onde a cooperação e proximidade têm sido constantes, tem condições para dentro de cinco ou seis anos estar “transformada para melhor”.
O responsável frisou que “queremos consolidar este território enquanto destino de qualidade” e “perante o diagnóstico que fizemos, o grande desafio estratégico que temos pela frente é firmar este território como um território I+”. Um “I+” com cinco palavras chave: + Inovador, + Inteligente, + Inclusivo, +Inimitável, e +Institucional que irão contribuir para a modernização do tecido empresarial; para a criação de emprego e fixação de empresas; para o aumento da competitividade da região através da qualificação dos recursos humanos; para a redução da pobreza e exclusão social; para capacitar a valorização do potencial endógeno; e para o reforço da supra municipalidade.
São estes os objetivos estratégicos da proposta do DLBC que tem definidas como áreas prioritárias de intervenção a floresta e agro-pecuária, o agro-alimentar e produtos locais de qualidade, artesanato; o turismo, e a área social e capacitação institucional.
A uma só voz os presidentes das Câmaras Municipais da Beira Serra defenderam esta estratégia de desenvolvimento comum que torna o território mais competitivo com o anfitrião José Carlos Alexandrino a sublinhar que “este território tem grandes desafios e não podemos perder os dinheiros do próximo quadro comunitário”.
Ricardo Alves, autarca de Arganil, realçou o “espírito de parceria e de entreajuda que tem acontecido entre os quatro municípios” tal como Mário Loureiro, presidente de Tábua, para quem o trabalho em parceria tem tido “ótimos resultados.
Aprendemos a trabalhar em contexto de região muito antes e não foi preciso um novo quadro 20-20”. A autarca de Góis, Lurdes Castanheira, disse esperar pelo “sucesso” desta estratégia de desenvolvimento pois seria “um alto prejuízo para as populações da Beira Serra” se tal não acontecer. “Precisamos de mais projetos e de desenvolver este território”, disse.
Também presidente da ADI – Agência para o Desenvolvimento Integrado de Tábua e Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo realçou que “foi apresentado um diagnóstico sério” e “adequado às necessidades chave, efetivas da região e alinhado com as prioridades dos vários fundos”.