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Oliveira do Hospital é um dos mais belos concelhos do distrito de Coimbra e da Serra da Estrela.

ADI alerta para elevada carga fiscal na restauração

A ADI – Agência para o Desenvolvimento Integrado de Tábua e Oliveira do Hospital, alerta para as dificuldades que o setor da restauração e similares estão a atravessar, resultado do aumento exponencial da carga fiscal que lhes é cobrada.

Enquanto agência ligada à promoção e interesses do comércio local, esta entidade acaba de lançar um “apelo público aos vários poderes, nomeadamente entidades tributárias e Governo” para uma atenção ao “problema que hoje afeta e asfixia as unidades de restauração e similares”.

O “problema que a asfixia do IVA da restauração está a provocar nos restaurantes e similares” foi uma questão levantada pelos proprietários durante uma reunião com a ADI, que também já tinha concretizado um trabalho de auscultação para “recolher informações sobre o desenvolvimento dos negócios e os seus constrangimentos”.

Numa posição recentemente tornada pública, José Francisco Rolo, presidente da ADI, refere que “passar o IVA de 13 para 23 por cento constituiu sido um aumento brutal e demolidor na sustentabilidade financeira nas unidades de restauração”, que representa um crescimento “superior a 70 por cento em termos de valor financeiro”.

Alerta ainda este dirigente que, a curto prazo, se corre “o risco de encerramento maciço e em efeito dominó da restauração e similares, não só em Oliveira do Hospital como na região”, explicando que está em causa o “risco de levar à falência centenas de restaurantes e originar 70 mil desempregados, que são o número de colaboradores que trabalham na restauração, no país”.

O presidente da ADI sustenta que este aumento da carga fiscal “está a pôr em causa a sustentabilidade das unidades de restauração, podendo conduzir ao definhamento e encerramento do comércio local e ao aumento do desemprego. Têm chegado à Agência preocupações com a continuidade desta política fiscal sobre a restauração”, refere, sustentando que “ou há uma inversão da parte do Governo relativamente ao IVA da restauração ou, num país de turismo, corre-se o risco de nos tornarmos num país de oferta de potencial turístico sem restauração e gastronomia, que é um dos principais pontos de atração”.

José Francisco Rolo insiste neste “apelo lancinante” ao Governo e Ministério das Finanças “para ter atenção ao grau de destruição que o aumento do IVA está a causar no setor”, lembrando que, numa altura em que os clientes têm menos poder de compra e aumenta a carga fiscal, se caminha para “o encerramento de muitos restaurantes e bares” no concelho, na região e no país.

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