quarta, 28 agosto 2013 10:17

II Feira Moçárabe de Lourosa foi um sucesso

Lourosa foi o destino privilegiado de alguns milhares de pessoas durante o passado fim-de-semana, atraídos pelo programa da Feira Moçárabe. Ao longo de dois dias, os visitantes viajaram no tempo até ao século X, quando foi edificada a Igreja Moçárabe de S. Pedro de Lourosa, monumento nacional. Nesta época, habitavam na aldeia três culturas, cristãos, árabes e judeus sefarditas, ambiente que se voltou a presenciar dos dias 24 e 25 de agosto, num trabalho de recriação histórica de vários grupos cénicos encabeçados pelo Grupo Viv’Arte.

A segunda edição da Feira Moçárabe foi promovida numa parceria entre a Junta de Freguesia de Lourosa e o Município de Oliveira do Hospital e que contou com o apoio da ADI – Agência de Desenvolvimento Integrado, da ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, e da ADXTUR, no âmbito da Rede das Aldeias do Xisto.

No adro da Igreja Moçárabe de Lourosa concentraram-se as tasquinhas temáticas de venda de produtos endógenos e artesanato, e dos “comeres e beberes serranos”. Para complementar a oferta, a animação foi uma constante, com diversos apontamentos de recriação de época que centraram as atenções do público. Contadeiras de histórias de encantar e arrepiar, músicas e cantigas, bailias e folguedos, bobos e malabares, cavaleiros e damas invadiram o recinto e encantaram os que passaram por Lourosa.

A leitura do arauto, ao final da tarde de sábado, deu início a esta viagem no tempo, momento que foi seguido de perto pelo público que se concentrou para assistir ao “cortejo com representação das Três Culturas pelas praças do Burgo”. Este dia ficou ainda marcado por algumas zaragatas por danos de amor, anúncio de um Esposamento Sefardita e o espetáculo de malabares de fogo “O guardião do tesouro”.

Já no domingo, além de uma inédita recriação de “missa segundo o ritual moçárabe” e da tão esperada cerimónia do casamento no seio da comunidade judaic, houve ainda cânticos e danças cristãs, mouras, moçárabes e sefarditas. Ponto alto foi um Torneio da Armas que colocou frente a frente cavaleiros cristãos e muçulmanos, em que os primeiros saíram vitoriosos. A noite trouxe o tratado de paz entre mouros e cristãos e festa em ambiente de diálogo das Três Culturas.

Lourosa foi palco de um evento com marca do concelho de Oliveira do Hospital como foi reforçado pelos presidentes da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Lourosa, que agradeceram o envolvimento dos vários parceiros envolvidos. Juntos na organização desta segunda edição, José Carlos Alexandrino e Américo Figueiredo sublinharam, durante a abertura oficial do certame, a vontade de lhe dar continuidade nos próximos anos. A importância do monumento nacional, “joia da coroa” no concelho e de arquitetura única no país, bem como a união de esforços para a concretização do projeto de requalificação do espaço envolvente e a sua valorização, foram a tónica comum das intervenções. A promoção deste monumento nacional sai agora reforçada com a conquista de mais um parceiro, a ADXTUR e a Rede das Aldeias do Xisto, como referiu o vice-presidente do Município, José Francisco Rolo no encerramento da Feira.

               

ptnlenfres

CONTACTOS

 

Username *
Password *
Remember Me