quarta, 19 outubro 2022 15:18

Oliveira do Hospital com condições para ser destino dos nómadas digitais

 

Oliveira do Hospital acolheu, no dia 18 de outubro, o evento “Portugal Nomad Roadshow”, promovido pela Digital Nomads Association Portugal que visou a apresentação de algumas soluções práticas e sugestões de como podem as localidades adaptarem-se a estes novos desafios e tornar Oliveira do Hospital como um destino de eleição para os nómadas digitais.
Note-se que o nomadismo digital e o trabalho remoto são considerados como ferramentas que vão permitir às cidades mais pequenas, vilas e aldeias atrair população residente com salários elevados e que podem trabalhar a partir de qualquer lugar.

Na abertura da sessão, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo sublinhou a importância do evento e o interesse Digital Nomads Association por Oliveira do Hospital, que permite a promoção do teletrabalho no interior do país, abrindo as portas do território aos nómadas digitais, “uma nova frente de transformação dos territórios”. O nomadismo digital promove “os territórios e gera economia com a ligação ao alojamento e à restauração”, nota o autarca, frisando que se trata de “dinheiro que entra no território e é um leque de oportunidades para todos”.

O presidente do Município deu garantias da vontade de trabalhar em rede e “cooperar para afirmar Oliveira do Hospital como um destino fiável e apetecível para receber nómadas digitais”.
Recordou ainda que Oliveira do Hospital foi pioneiro no país ao disponibilizar um espaço de coworking rural, que está de portas abertas desde há um ano em Alvoco das Várzeas, e integra a rede de espaços Cooperativa Cowork Aldeias de Montanha. Além disso, Oliveira do Hospital integra a Rede “Teletrabalho no Interior. Vida Local, Trabalho Global”, tendo sido um dos municípios da Região de Coimbra a integrar a primeira fase desta rede nacional de espaços de coworking.

Pontos favoráveis que colocam o município como um território bem posicionado para acolher os nómadas digitais, trabalhadores oriundos de todos os pontos do mundo que ultimamente têm apostado no nosso país como base para viver e trabalhar remotamente, e que ao mesmo tempo têm vontade de conhecer mais aprofundadamente as gentes locais.

Para Gonçalo Hall, presidente da Digital Nomads Association Portugal, o município reúne as condições para entrar na rota do nomadismo digital, e o trabalho já começou a ser feito com a disponibilização do espaço de coworking em Alvoco das Várzeas que “pode potenciar” a vinda de profissionais. “É o gancho para trazer pessoas”, explicou, lembrando que os nómadas “não querem ficar fechados e precisam de conhecer pessoas”.
Assim é importante envolver empresários e associações locais, garantir que há resposta de alojamento, restauração, entre outras, compatíveis com as especificidades que estes trabalhadores procuram.

O nómada digital “trabalha em qualquer lado através do seu computador, por norma com uma estadia de dois meses em cada sítio” e por onde permanece gosta “de ter a sensação de pertença, de integração na comunidade”. Além disso, considera Gonçalo Hall que “os nómadas digitais são a chave para a repopulação das aldeias ao trazer mais pessoas e repovoar o território”.

A sessão decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal com casa cheia, com a presença de autarcas, empresários do alojamento, restauração, jovens alunos, entre outros interessados.