quarta, 18 janeiro 2012 16:06

Município promoveu debate “TDT – O que aí vem”

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital levou a cabo um debate sobre as implicações da implementação do serviço de Televisão Digital Terrestre que começou agora a chegar a casa dos portugueses.


Realizada a 15 de janeiro, no auditório da Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, o debate contou com a presença do vice-presidente da Câmara, que deu luz verde para que os oliveirenses descontentes com a transição do sinal analógico para o digital se desloquem aos paços do Município para subscrever a queixa que a Comissão de Trabalhadores da RTP apresentou no Palácio da Justiça de Lisboa contra a TDT, por a mesma implicar a "falta de equidade a nível nacional" e "interesses difusos dos cidadãos/consumidores".


“Quantos mais processos melhor” realçou Fernando Andrade, da Comissão de Trabalhadores da RTP, que se recusa a pactuar com a “negociata” associada ao novo modelo de emissão televisiva, que “ penaliza, em primeiro lugar, as populações”.


O convite à indignação e contestação junto da ANACOM foi o principal resultado da conferência realizada ao final da tarde de domingo sob o mote “TDT - o que aí vem” e onde foi notório o descontentamento geral.


Trabalhadores da RTP, Câmara Municipal e plateia falaram a uma só voz contra a imposição que está a ser feita aos portugueses e que a nível concelhio vai alterar em muito a vida dos oliveirenses, prevendo-se que a partir do “apagão” cerca de seis mil pessoas fiquem privadas do acesso aos quatro canais de TV e, em particular, ao canal que em Portugal assegura o serviço público de TV.


Destacando o empenho dos autarcas locais neste processo de contestação, o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital deu conta dos passos já seguidos no combate ao “tratamento desigual”, mas reiterou a indisponibilidade do município para assumir aquilo que são as responsabilidades da empresa responsável pela distribuição do sinal digital. José Francisco Rolo referia-se à proposta recentemente apresentada junto do Conselho de Administração da PT para a instalação de uma antena comunitária que sirva as designadas “zonas sombra”.


Tendo participado em reuniões com grupos parlamentares, ANACOM e PT, o vice-presidente da Câmara registou ainda a forma como o processo tem vindo a ser conduzido em prejuízo das populações. “Isto enquanto suposta melhoria de televisão não passa de uma negociata”, denunciou o responsável, lamentando que se tenha transformado “um serviço público em grande negócio, e este em ganância para subscrição de TV por cabo”. Com efeito, José Francisco Rolo não aceita a diferenciação no tratamento das populações e garante ter sido esta a mensagem que fez passar na reunião com o Conselho de Administração da PT.

               

ptnlenfres

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