O stand do Município de Oliveira do Hospital na ExpOH foi o palco escolhido para uma apresentação pública do concurso municipal de ideias de negócio “Empreender+”. Na edição 2013, a autarquia reforça o valor total dos prémios em 25% num investimento que atingirá os 40 mil euros destinados a alavancar ideias de negócio. Além deste reforço de investimento, o Município oliveirense alterou o regulamento, uma vez que, a par dos três primeiros classificados, que terão prémios no valor de 15 mil, 11 mil e 8 mil euros, passarão a ser atribuídas duas menções honrosas, no valor de 3000 euros. Para além disso, os projetos concorrentes passarão a estar sujeitos a uma pré-seleção, que apurará os dez projetos finalistas, e que será realizada por membros do júri, órgão a que se junta, a partir de agora, a ADIBER, uma entidade com poder de capacitação e que integra a rede de parceiros para a divulgação do concurso de ideias de negócio na região.
“Vamos continuar a apostar nos projetos inovadores e indutores da criação de postos de trabalho” afirmou José Francisco Rolo, vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, que sublinhou o “reforço na verba para os prémios” e o envolvimento de “um conjunto de parceiros que são credibilidade e garantia de uma avaliação isenta” dos projetos concorrentes.
O responsável adiantou ainda que os promotores das ideias de negócio contam com o apoio de “uma rede de apoio aos empreendedores”, vários postos de “informação e apoio técnico” como sejam a ADI, o Município, a BLC3, e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTGOH), “uma entidade aberta aos desafios do território e que não se fecha sobre si mesmo. Deve-se elogiar esta capacidade” de envolvimento e participação, frisou José Francisco Rolo”.
O vice-presidente do Município sublinhou o “trabalho profícuo” de parceria entre autarquia e a rede de parceiros que “já permitiu a instalação de 12 novas empresas” na incubadora da BLC3.
João Nunes, presidente da BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro, considerou que este tipo de programas “é importante para fixar gente” e frisou a qualidade do concurso face a outros similares no país, uma vez que “os vencedores têm mesmo o dinheiro para aplicar” no desenvolvimento do negócio.
“O desenvolvimento faz-se transpondo para o território a capacidade de fazer”, disse Carlos Veiga, presidente da ESTGOH, que assegurou que o envolvimento da escola de ensino superior se traduz em três vertentes, no “apoio técnico” dado por alguns professores, no “desenvolvimento de alguns projetos que têm génese na escola”, e na “qualificação de profissionais que possam contribuir para a sustentação desses projetos”.
A apresentação pública do Empreender + foi participada pelos promotores de duas ideias premiadas nas duas últimas edições. Jorge Gouveia, da Go-Star, falou da importância do prémio, que permitiu colocar em marcha um projeto de comercialização de produtos gastronómicos de produtores locais. “Sou de Oliveira do Hospital, tenho aqui os meus investimentos e é preciso pegar em jovens que assentem arraiais no concelho” e projetem o seu nome.
Opinião partilhada por António Nina, vencedor na edição de 2012, que reforçou que o prémio “foi uma ajuda importante para alavancar a ideia” de uma nova embalagem para enchidos – “dentro de um ano esperamos ter o produto desenvolvido e no mercado nacional e internacional”.
O período de candidaturas ao “Empreender + Oliveira do Hospital 2013” decorre até 15 de setembro e podem concorrer todos os cidadãos ou empresas que pretendam implementar e manter a sua ideia de negócio no concelho de Oliveira do Hospital. O concurso visa incentivar o empreendedorismo, a inovação empresarial e a renovação do tecido económico concelhio, fixando quadros qualificados. Premiará projetos inovadores, originais, exequíveis, que respondam às necessidades do mercado e que possam originar novos produtos, processos ou sistemas. Serão relevados o grau de inovação e o setor de atividade, com enfoque diferenciador na agricultura, floresta, eficiência energética, energias renováveis, bioeconomia e turismo; o grau de probabilidade de sucesso; a mais valia ambiental; e a qualidade do plano de negócios, que serão avaliados por um júri constituído por doze entidades. Aos premiados será dada prioridade de instalação na incubadora de empresas da BLC3.