Nesta quarta-feira, 20 de novembro, dezenas de crianças concentraram-se no Largo Ribeiro do Amaral, para assinalar o Dia Nacional do Pijama. Vestidas a rigor, de pijama e pantufas, alguns com o boneco preferido debaixo do braço, as crianças de vários jardins de infância da rede pública e de outras instituições do concelho de Oliveira do Hospital vieram até à praça central da cidade num ato simbólico para lembrar que uma criança tem direito a crescer numa família.
O forte envolvimento da Câmara Municipal na divulgação e apoio na realização desta iniciativa, garantiu a Oliveira do Hospital o título de Concelho Pijama, a par com vários municípios pelo país que aderem ao Dia Nacional do Pijama e integram esta data no plano de atividades educativas do concelho.
O Dia Nacional do Pijama é uma iniciativa da associação Mundos de Vida, participado por crianças até aos seis anos que anualmente, a 20 de novembro, vão vestidas de pijama para a escola. É um dia solidário que pretende sensibilizar a população para facto de que todas as crianças devem crescer numa família, conforme defende a Convenção Internacional dos Direitos da Criança. Um direito fundamental que está vedado às nove mil crianças que, no nosso país, vivem em instituições. Apenas uma pequena parte vive em famílias de acolhimento que deveria ser o recurso privilegiado quando as crianças têm de viver fora dos seus pais até ao dia em que possam regressar aos seus lares.
“Hoje, Oliveira do Hospital vestiu o pijama”, afirmou a vereadora da Educação, Graça Silva notando que esta ação “foi um manifesto claro por parte da educação, dos educadores e dos pais que são sensíveis a estas questões da solidariedade e que a educação está de mãos dadas com as crianças que mais precisam”. A iniciativa que se realiza no dia em que foi adotada, pelas Nações Unidas, a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, envolveu no concelho oliveirense um total de 600 crianças dos jardins de infância e instituições, que foram vestidas com o pijama para as suas salas do pré-escolar procurando “sensibilizar os pais e as suas famílias que há outras crianças que precisam de ajuda”. Todas elas, desde o final de “setembro têm realizado ações com o intuito de angariar fundos para esta causa”, disse a vereadora Graça Silva, concluindo que o “Município demonstrou que é solidário e sabe estar de mãos dadas com estas iniciativas”.
Presente neste encontro simbólico na cidade, José Francisco Rolo, vereador da Ação Social e presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oliveira do Hospital explicou, aquilo que se deseja é que a “institucionalização seja sempre temporária” de modo a trabalhar com os menores “questões como o afeto e cumprimento de regras” promovendo depois o regresso “às suas famílias de origem”.