Oliveira do Hospital recebeu esta terça-feira, 27 de setembro, a “Chama da Solidariedade”, uma iniciativa da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) em parceria com a União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Distrito de Coimbra, no âmbito da Festa da Solidariedade que decorre esta semana e culmina na próxima sexta-feira, na sede do distrito.
No segundo dia do périplo pelo distrito, a passagem da “Chama da Solidariedade” por Oliveira do Hospital foi recebida por muitos utentes de várias IPSS do concelho oliveirense, que desenvolvem a sua ação nos domínios da Infância, da Deficiência e da Terceira Idade, naquele que constituiu um encontro intergeracional. Antes da chama percorrer, pela mão dos utentes, algumas ruas da cidade até à ARCIAL houve um espaço de convívio entre todos, com animação musical pela voz e talento dos utentes das IPSS concelhias.
Esta é uma iniciativa que visa a mobilização dos cidadãos em torno da solidariedade social, juntando pessoas de diferentes organizações, entre utentes, técnicos e dirigentes, promovendo o importante trabalho que é desenvolvido pelo setor da economia social. Uma festa da solidariedade pelas pessoas, pelos valores e pelas instituições, como assinalam os responsáveis. Gil Tavares e Eduardo Mourinha, da CNIS, estiveram presentes e lembraram o importante papel que as IPSS representam e desenvolvem, explicando que esta iniciativa é “um chamamento para que as pessoas colaborem com as IPSS”.
Presente neste encontro simbólico, José Francisco Rolo, vereador da Solidariedade e Ação Social, considerou este “um bonito exemplo do que pretendemos na área social, tem havido um esforço do Município de Oliveira do Hospital em conjunto com as IPSS com a Rede Social para promover, cada vez mais, este encontros intergeracionais”. O vereador sublinha que Oliveira do Hospital “tem uma Rede Social de excelência que resulta do bom entendimento e cooperação entre as IPSS, o Município e a Segurança Social” que faz um “trabalho único de cuidar das nossas crianças, dos nossos idosos e de todos aqueles cidadãos especiais que alguns designam de deficientes”.
No total são vinte IPSS, “instituições de referência” que, no seu conjunto são o maior empregador do concelho, com 600 profissionais aos quais se junta o empenho voluntário dos dirigentes. Como assinalou o responsável “a chama vem reconhecer o trabalho que é feito, dos técnicos e dos dirigentes” e também por isso, o vereador José Francisco Rolo lança o desafio: “precisamos de instrumentos de apoio do atual quadro comunitário de apoio Portugal 2020 para melhorar as condições das instituições. Deixo um apelo ao diálogo para que as instituições da economia social possam aceder a estes meios financeiros, ou seja, o quadro comunitário tem que abrir a breve prazo para as IPSS”.
Do lado das instituições, José Pinheiro, presidente da Associação Progressiva de St. António do Alva, sublinha a importância destas ações para dar visibilidade às instituições que “dentro do esforço e da boa vontade desenvolvem um trabalho importante na comunidade”. Também Lucinda Maria, da direção da ARCIAL, destaca o voluntariado dos elementos da direção bem como o “trabalho que é desenvolvido, é extremamente importante na medida em que a maior parte deste jovens não teriam ocupação nem estariam devidamente apoiados se as instituições não existissem”.
Dando voz à Obra D. Josefina da Fonseca, Isabel Almeida, dá conta que a iniciativa faz “sobressair a importância que as IPSS têm, nomeadamente no concelho de Oliveira do Hospital” em diferentes aspetos quer do “emprego que se gera, quer do trabalho que se faz com os nossos utentes em termos das crianças, dos idosos, das pessoas diferentes que temos no concelho. Acho que é sobejamente conhecido e de facto acho que prestamos serviços de bastante qualidade”.