As comemorações do Dia Municipal para a Igualdade, que se desenrolaram entre 18 e 24 de junho em Oliveira do Hospital, terminaram com uma mesa redonda que teve como orador convidado, o psiquiatra João Redondo, coordenador da Unidade de Violência Familiar do Serviço de Psiquiatria do CHUC.

Este encontro, onde foi também exibido o documentário "Igual entre Iguais" com análise comentada pelo jornalista Paulo Leitão, foi o momento escolhido para apresentação do balanço da implementação do Plano Municipal para a Igualdade 2013/2015. A avaliação da sua implementação foi feita com recurso a uma entidade externa, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), enquanto instituição de ensino superior, que pela voz do seu presidente, Carlos Veiga, fez um balanço muito positivo da execução do Plano Municipal para a Igualdade (PMI).

Carlos Veiga apontou três eixos chave - "cooperação, rede e integração das ações" - que permitiram "criar sinergias e se integrasse a temática da igualdade em tudo o que se estava a fazer", o que na sua opinião é um dos aspetos positivos do PMI.

A execução do Plano 2013/2015 assentava em cinco vetores principais – saúde; desporto e cultura; conciliação da vida profissional, vida social e familiar; inserção social; formação e educação – onde se propunha a concretização de vários objetivos que foram, na sua maioria, atingidos como assinalou este responsável.

O presidente da ESTGOH, dando o exemplo do vetor formação, sublinhou que foram concretizadas doze ações por ano, "o que nos dá uma média de um acontecimento por mês e que envolveram pelo menos 800 pessoas" considerando as presenças diretas.

Para Carlos Veiga, "este é um número muito significativo de pessoas da nossa comunidade que esteve envolvido em ações com a duração de, pelo menos, uma tarde" e se a estas presenças diretas somarmos todo o público envolvido nas outras ações, desde as exposições, exibição do filme, acontecimentos onde a Igualdade de Género esteve presente, "é praticamente impossível alguém da comunidade não ter percebido o que aconteceu ou não estar desperto para a questão da igualdade".

Na sessão, o presidente da ESTGOH considerou que no próximo PMI é "fundamental envolver mais as escolas, integrando e trazendo para o plano da aula e atividade quotidiana a temática da igualdade" bem como a cooperação dentro da escola envolvendo famílias, associações de estudantes, clubes, entre outros, de forma a "abordar o problema da violência e todas as outras questões que advêm de não nos considerarmos como iguais".

Perante uma plateia constituída na sua maioria por jovens, a Conselheira Municipal para a Igualdade, Teresa Serra alertou para a questão da violência no namoro e violência doméstica frisando "quem ama não agride" e desafiou os presentes a "aceitar o desafio de integrar este projeto".

Para além dos elementos da equipa do projeto "Igualdade Local: Cidadania Responsável", a sessão teve a presença de técnicos e autarcas de várias entidades locais e regionais, parceiras na execução das ações como a ADIBER, a Unidade de Cuidados na Comunidade, o Gabinete de Inserção Profissional, a Universidade Sénior, a EPTOLIVA através da docente Helena Berardo que dinamizou algumas iniciativas, que reconheceram o Município de Oliveira do Hospital pela qualidade do trabalho desenvolvido. Tal como a vice-presidente da Câmara Municipal de Tábua, que acompanhada por técnicas da autarquia, deu "os parabéns a Oliveira do Hospital. Estamos aqui para aprender" dando conta que o município vizinho está também a desenvolver este processo.

João Redondo, orador convidado da sessão, destacou o trabalho desenvolvido em Oliveira do Hospital em torno da promoção da Igualdade de Género, sublinhando que "vocês têm tudo o precisam e têm gente que se quer juntar a vós", apontando algumas áreas que devem merecer atenção na elaboração do próximo PMI com destaque para "os locais de trabalho".

Ao longo de uma semana, o Município de Oliveira do Hospital comemorou o Dia Municipal para a Igualdade com várias iniciativas – exposições, fotografia de rua, debates e largada simbólica de balões – sob três conceitos: "Respeito. Tolerância. Proteção".

O Pelouro da Solidariedade e Ação Social